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As esquerdas da Guarda do Embaú

Se o Leblon foi o local onde tive meu primeiro contato com o surfe e o qual considero como o quintal de minha casa, muitos outros locais foram importantes para meu aprendizado e evolução, na verdade daria para escrever um livro, mas como não temos tempo nem espaço para isso em nossa página, me permitam dar um salto e pular diretamente para a Praia da Guarda, em Santa Catarina, onde por muitas vezes passei temporadas longas que foram decisivas na minha formação como surfista e shaper.

Um surfista pegando as famosas esquerdas da Guarda

A primeira vez que fui para esta vila de pescadores foi no final de 1982 junto com alguns amigos que se dedicavam na época com seriedade ao surfe.

Uma esquerda longa, rápida e tubular que me ensinou a traçar linhas longas, a entubar de rail grab e principalmente a dar uma bela batida de backside. Foi lá que fiz amizades e conheci pessoas como o local do Arpoador, Gironso, uma figura que simplesmente destruía a esquerdas de backside com um surfe muito além de sua época, O Picuruta Salazar com quem passava as tardes e noites jogando sinuca e rindo com seu jeito extrovertido e amigos como o Quizumba, Edu Buran, Alemão de Pernambuco e outros de diversos estados do país que estavam no local para treinar e aproveitar as condições de uma das melhores ondas do Brasil.

Após servir o exercito retornei com uma triquilha  6,3 cpm canaletas;

Nesta temporada eu estava com uma biquilha 5,9 do Gustavo Kronig, mas voltei diversas vezes ao local e sempre voltando com um backside afiado e muitas estórias para contar. Vale lembrar a de 84 com Beto Cavalero e Michel Graf, quando pegamos a Guarda clássica com ondas que chegavam a dois metros de altura ou mais e chamamos tanta atenção que os locais quiseram arrumar briga conosco. Após uma confusão dentro da água com alguns locais tentando agredir o Beto, peguei um deles e afundei na água, dando um caldo e logo depois me dirigi a todos que estavam no lineup e aos gritos avisei que estaria esperando quem quisesse tirar satisfações na areia. Após alguma espera um dos locais apareceu com um pote de mel e se desculpou pela atitude, afirmando que todos reconheciam o erro. Depois de alguns dias descobri que estavam me chamando na vila de O Alemão do Jiu Jitsu, uma arte marcial que nunca treinei…heeheheheh

Com Beto Cavalero em frente a casa da Dona Maria, com o irmão do Dieli.

Na Guarda e no sul do Brasil entrei em contato com variadas culturas e acompanhei e participei como competidor de campeonatos mundiais (Hang Loose, Op Pro) e pude ver os diferentes estilos de surfe e pranchas que eram usadas por surfistas de diversos locais do Brasil, um aprendizado em tanto, isso sem falar das diversas aventuras que não dizem respeito aos objetivos de nossa página, mas que dão um belo papo para uma cerveja!

Em 1998 a ultima vez que surfei por la, com Joyce Duarte.

Com Michel Graf em 1984.


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